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Especial Roberto Carlos: A queda de uma instituição do Natal


Parece que os brasileiros, apesar de implorarem por mudanças, ainda não aprenderam a lidar com elas (e talvez nunca consigam essa verdadeira façanha).
Desde 1974, todo fim do ano (geralmente no penúltimo ou no último Sábado), a Rede Globo exibe o especial do Roberto Carlos, com praticamente o mesmo repertório e os mesmos artistas sentados na platéia, que parecem visivelmente emocionados sempre que a câmera os focaliza.
Para a maioria da população que habita estas terras tupiniquins, esse show do Roberto Carlos é a coisa mais chata que existe na face da terra e já passou do tempo de ser exibida não só no horário nobre da Globo como também na televisão, até porque o Roberto Carlos só parece ser o “Rei da Voz” pra essa emissora, que insiste em fazer tal afirmação a cada vez que ele aparece.
Entretanto, parece que esse ano a Vênus Platinada parece ter finalmente entendido o recado dos telespectadores e resolveu trocar o especial do “rei” por uma reprise de um show dele mesmo em Jerusalém. E foi aí que se instalou o caos.
 Parece até deboche, mas boa parte das pessoas que tanto rezavam para que esse especial não fosse mais exibido simplesmente levaram um choque ao perceberem que, insuportável ou não, ele fazia parte no ritual do natal. Sim, ele era tão importante quanto o panetone, o chester ou a música da Simone pelo simples fato de sempre estar ali, ano após ano, e foi por isso que a mudança surpreendeu a todos.
E por esse motivo, mesmo tendo a reprise do especial de Jerusalém em um horário totalmente esdrúxulo como “Domingo, logo após o Fantástico”, a verdade é que sentiremos um vazio quando ligarmos a TV hoje à noite e não encontrarmos o Roberto Carlos “vivendo este momento lindo” e nem dizendo a Jesus Cristo que está aqui, em mais um de seus tradicionais shows de fim ano.

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