Pular para o conteúdo principal

Especial Roberto Carlos: A queda de uma instituição do Natal


Parece que os brasileiros, apesar de implorarem por mudanças, ainda não aprenderam a lidar com elas (e talvez nunca consigam essa verdadeira façanha).
Desde 1974, todo fim do ano (geralmente no penúltimo ou no último Sábado), a Rede Globo exibe o especial do Roberto Carlos, com praticamente o mesmo repertório e os mesmos artistas sentados na platéia, que parecem visivelmente emocionados sempre que a câmera os focaliza.
Para a maioria da população que habita estas terras tupiniquins, esse show do Roberto Carlos é a coisa mais chata que existe na face da terra e já passou do tempo de ser exibida não só no horário nobre da Globo como também na televisão, até porque o Roberto Carlos só parece ser o “Rei da Voz” pra essa emissora, que insiste em fazer tal afirmação a cada vez que ele aparece.
Entretanto, parece que esse ano a Vênus Platinada parece ter finalmente entendido o recado dos telespectadores e resolveu trocar o especial do “rei” por uma reprise de um show dele mesmo em Jerusalém. E foi aí que se instalou o caos.
 Parece até deboche, mas boa parte das pessoas que tanto rezavam para que esse especial não fosse mais exibido simplesmente levaram um choque ao perceberem que, insuportável ou não, ele fazia parte no ritual do natal. Sim, ele era tão importante quanto o panetone, o chester ou a música da Simone pelo simples fato de sempre estar ali, ano após ano, e foi por isso que a mudança surpreendeu a todos.
E por esse motivo, mesmo tendo a reprise do especial de Jerusalém em um horário totalmente esdrúxulo como “Domingo, logo após o Fantástico”, a verdade é que sentiremos um vazio quando ligarmos a TV hoje à noite e não encontrarmos o Roberto Carlos “vivendo este momento lindo” e nem dizendo a Jesus Cristo que está aqui, em mais um de seus tradicionais shows de fim ano.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Música no Cinema: Torn

Composta por Phil Thornalley,   Scott Cutler   e   Anne Preven , a música foi lançada em 1995 pela banda Ednaswap, mas só se tornou um sucesso quando foi regravada por Natalie Imbruglia, que a incluiu em seu primeiro álbum   Left of the Middle,  lançado em 1997.     Em 1999, Torn, que já nesta época era mundialmente conhecida, fez parte da trilha sonora do filme dramático Uma Carta de Amor , baseado no livro As palavras que nunca te direi, de Nicholas Sparks.

Revivendo a Trilha: Every Breath You Take

Lançada em 1983 no álbum  Synchronicity , da banda The Police a música de Sting e Mike Oldfield começou a fazer sucesso   no Brasil no mesmo ano, quando fez parte da trilha sonora da novela Voltei pra você , sendo interpretada pela banda . Aliás, Every Breath You Take  já esteve presente em outras trilhas sonoras de novelas brasileiras, como a novela Desejos de Mulher e o seriado Malhação .

30 músicas de Elis Regina que entraram para a história

Madalena Apesar de não ser uma das gravações mais “recentes” de Elis Regina, Madalena é uma das músicas mais famosas em sua voz que o público lembra com carinho até hoje por ter sido um marco não só em sua carreira como também na de seus compositores. A música, que ficou marcada como o primeiro sucesso de Ivan Lins, foi composta por ele em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza, sendo gravada por Elis pela primeira vez em 1970, em um compacto duplo que fez de Madalena um sucesso nacional. Aliás, compacto do qual também fazia parte a música Vou Deitar e Rolar, que eu postei há dois dias aqui no blog (Para ver o post da música, clique aqui: http://vitrinempb.blogspot.com/2012/01/30-musicas-de-elis-regina-que-entraram_12.html ). No ano seguinte, a já consagrada música fez parte do LP Ela junto com outra composição da dupla Ivan e Ronaldo, chamada “Ih! meu deus do céu”. Os três álbuns de Elis Regina dos quais Madalena fez parte na década de 1970. Quatro anos depois, Madale...