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Mostrando postagens de março, 2014

Revivendo a Trilha: Pra não dizer que não falei das flores

Hoje completam-se 50 anos do início do período mais vergonhoso da história do Brasil. Ao ver o presidente do país ser deposto naquele sombrio 31 de março de 1964, os brasileiros perderam a liberdade, os direitos e, no caso de alguns, até a vida. Apesar de ser impossível comemorar uma data como essa, ela precisa ser lembrada para que nunca mais se repita, pois ninguém consegue viver com dignidade se for privado de seus direitos e muito menos suporta ser completamente adestrado por quem quer que seja, mesmo que esse alguém seja um governo que prende, tortura e mata quem não está satisfeito com ele. Por conta dessa data, escolhi postar a música que, para mim, simboliza não só o quão longe a música pode chegar quando é usada para passar mensagens realmente válidas como também a importância da união para lutar por uma causa e também o quanto um governo pode ser cruel e totalmente opressor, a ponto das pessoas não poderem falar o que pensam abertamente.  É possível imaginar que a situ

Repeteco: Desesperar jamais

A reprise de Água Viva está chegando ao fim no Viva, e para falar da excelente trilha sonora dessa novela, escolhi duas músicas que representam bem o clima daquela época para postar nessa e na próxima edição da coluna Repeteco. A música de hoje é uma das mais animadas da trilha de Água Viva, Desesperar jamais , tema de Suely. Composta por Vitor Martins e Ivan Lins, o samba lançado no LP A noite , em 1979, faz uma reflexão, ainda que de forma bem discreta, sobre a situação vivida pelos brasileiros naquela época.  Por trás da melodia animada e da voz poderosa de Simone, que interpretou a versão que tocava em Água Viva , a mensagem que a música tentava passar era que mesmo com a ditadura instalada há anos no país, as pessoas haviam aprendido muito durante o período e continuavam lutando por uma vida melhor e por liberdade, sem jamais perder a esperança. Ainda em 1980, a versão de Desesperar Jamais interpretada por Simone foi lançada no LP Simone ao vivo no Canecão .

Coluna Anos Dourados: O lado quente do ser

A música, composta pelos irmãos Antônio Cícero e Marina Lima, foi lançada por Maria Bethânia em 1980, no LP Talismã . No ano seguinte, a própria Marina gravou O lado quente do ser , no álbum Certos Acordes . Em 1993, a música foi o tema de abertura do seriado Retrato de Mulher . Exibida pela Rede Globo, a atração de 9 capítulos trazia Regina Duarte vivendo uma personagem diferente em cada episódio.

Dica de Quinta: História sem fim

Composta por Rita Lee e Roberto de Carvalho, História sem fim tem uma letra bem interessante, talvez entre para a lista das minhas preferidas dessa dupla depois da semana passada. O motivo da minha empolgação com essa música, que ouvi pela primeira vez no sábado, quando assisti ao monólogo Salém da Imaginação , estrelado por Luis Salém, foi perceber o quanto se pode pensar e questionar sobre o sentido da vida ouvindo uma canção como essa. História sem fim   consegue reunir alguns dos maiores mistérios da existência na mesma letra, como o bem e o mal, Deus, os milagres, verdade e mentira e as clássicas perguntas: Quem sou? Para onde vou? Apesar desse tom super filosófico e questionador,   curiosamente a música é uma das faixas do álbum 3001 que simplesmente passaram batidas, já que concorrer com a faixa-título e Erva Venenosa não era uma tarefa exatamente fácil. Aliás, acredito que infelizmente essa música deve ser desconhecida por boa parte das pessoas que adoram Rita Lee, assi

Na Minha Estante: Azul

Canção composta por Djavan, Azul foi lançada por Gal Costa no LP Minha Voz , em 1982. 

Revivendo a Trilha: Nosso Louco Amor

Composta por Herman Torres e Júlio Barroso, Nosso Louco Amor foi o tema de abertura da novela Louco Amor , que foi ao ar pela Rede Globo em 1983.  A música foi lançada no primeiro LP do grupo de rock  Essa tal de Gang 90 & Absurdettes , em 1983. Misturando beatnik, new wave, rock nacional e pop rock,  Gang 90  & as Absurdettes  só contou com sua formação inicial no álbum de estreia, pois o fundador e líder do grupo, o jornalista e DJ Júlio Barroso, morreu no ano seguinte.