Embora Caetano Veloso tenha feito
sucesso com várias músicas, Alegria, Alegria é especial, pois além de ser uma
das mais famosas, foi também determinante para que Caetano Veloso entrasse de
vez para a história da Música Popular Brasileira.
Composta em 1967, a música foi feita mais
ou menos nos mesmos moldes de A Banda, música de Chico Buarque que no ano
anterior havia parado o país durante suas apresentações no Festival da Record.
Entretanto, Caetano foi mais crítico e também polêmico no III Festival de Música
da Record, principalmente ao levar o grupo de rock Beat Boys para se apresentar
com ele. O simples fato de ele incluir guitarras elétricas em sua apresentação já
foi suficiente para despertar a ira da poderosa ala da MPB, pois para esse
grupo, guitarra era uma influência alienante por ser o grande símbolo do Rock’n’roll.
Apesar de ter recebido muitas
vaias por conta dessa “afronta” a dita verdadeira música brasileira, Alegria, Alegria conquistou boa parte do público presente no Teatro Paramount,
terminando em 4° lugar. Um fato curioso é que a música vencedora no Festival
daquele ano, Ponteio, praticamente não é lembrada por ninguém, enquanto a de
Caetano Veloso é conhecida até hoje como uma das principais músicas do
movimento tropicalista, liderado pelo próprio Caetano entre a primeira metade
de 1967 e o final de 1968.
Em 1992, foi o tema de abertura
da minissérie Anos Rebeldes, que retratava boa parte do período da Ditadura
Militar no Brasil, e como essa foi uma das principais músicas de protesto
contra o regime, cumpriu perfeitamente o papel de ser o carro-chefe da minissérie,
que, aliás, tinha uma trilha sonora simplesmente impecável.
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