Composta por Caetano Veloso para
que Maria Bethânia a interpretasse, essa canção se tornou um clássico da Música
Popular Brasileira quando foi lançada na voz de Gal Costa, em 1968. Apesar de
ter sugerido que o irmão compusesse uma música para ela cantar, Bethânia acabou
desistindo de gravá-la por não querer associar sua imagem a do movimento
tropicalista, do qual seu irmão era o líder e seus amigos mais próximos faziam
parte.
Inicialmente, Baby fez parte de Panis
et circencis, o LP que oficializava o
movimento tropical, do qual faziam parte artistas importantes, como Caetano
Veloso, Gilberto Gil, Nara Leão, Gal Costa, Capinam, Torquato Neto, Tom Zé, Os
Mutantes e os maestros Rogério Duprat e Júlio Medaglia.
Com um estilo não tão romântico como as músicas desse gênero na época, a música
mostrava claramente a influência que os Estados Unidos havia conquistado sobre
o mundo, tanto que um dos versos da música diz que a pessoa precisa aprender
inglês, já que na década de 1960 os EUA já eram o “Big Boss”. Além disso, Baby
conseguiu aproximar a Jovem Guarda e o Samba do Poeta da Vila de Chico Buarque
no início da carreira, ou seja: uma música romântica sim, mas não totalmente
alienada a ponto de esquecer pontos importantes para o funcionamento do mundo,
como, por exemplo, a Economia e a Cultura.
A versão de Baby na voz de Gal
Costa foi lançada também no álbum solo da cantora, em 1969, tornando-se um dos
maiores sucessos de sua carreira. Além de Gal, algum tempo depois ela foi
regravada por cantores conhecidos, como Os Mutantes e Bebel Gilberto.
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