Thiago Mendonça, o intérprete de Renato Russo, ficou praticamente idêntico ao cantor e compositor em alguns momentos do filme. |
Na esteira de filmes e documentários
que levam a vida de um cantor às telas de cinema, como foi o caso de Cazuza,
Luiz Gonzaga e Raul Seixas, Somos tão jovens foi responsável por trazer ao
grande público uma parte da vida de Renato Russo, pois a obra está longe de ser biográfica.
Lançado em maio de 2013, o filme é
muito interessante para os fãs que conhecem muitos detalhes da biografia de
Renato Manfredini Júnior, mas não para aqueles que o estão assistindo para
descobrir quem foi o Renato Russo, nome com o qual ele se tornou uma das
maiores referências do rock brasileiro como cantor e compositor.
Apesar de ser muito importante
mostrar como era a vida dele antes do sucesso e render boas cenas ao filme,
como a parte em que ele canta Ainda é Cedo e diz que ela foi feita para uma
amiga (aliás, a música é uma das minhas preferidas da Legião Urbana), mas seria
bem mais interessante mostrar, inclusive para os fãs, o que aconteceu com a
banda depois do show no Circo Voador.
O filme foi encerrado com o vídeo de uma apresentação do verdadeiro Renato Russo. |
Embora todos já saibam o grande
sucesso que a Legião fez na década de 80, seria importante mostrar mais sobre o
sucesso da banda, o nascimento de Giuliano, o único filho de Renato Russo, e também falar
sobre a morte do cantor, em 1996, até porque a inclusão dessas partes evitaria
o final repentino e sem nexo que foi dado ao filme, sem contar a decepção
causada em quem esperava ver tudo isso e se deparou com aquela cena de “eles vão
para o Rio amanhã, vamos invadir uma festa”, um vídeo de Renato cantando e os
créditos de encerramento rolando logo em seguida.
Apesar da falta da famosa Pais e
Filhos, um ponto positivo foi ver na tela de cinema outras músicas tão
famosas na voz de Renato, mesmo que elas tenham sido interpretadas pelo ator
Thiago Mendonça, que interpretou muito bem o cantor no filme. Algumas dessas canções foram
Eduardo e Mônica, Faroeste Caboclo, Ainda é Cedo, Que país é esse?, Geração
Coca-Cola, Por Enquanto (muito famosa na voz de Cássia Eller) e Tempo Perdido, música que inspirou o título do filme.
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