Um mês após
completar 45 anos do Festival responsável por apresentar ao público um dos
movimentos mais importantes da história da nossa música, o Som Brasil
homenageará esse estilo musical tão polêmico e irreverente, a Tropicália (também
conhecida como Tropicalismo).
Liderado por
Caetano Veloso e Gilberto Gil e tendo entre seus adeptos figuras ilustres, como
Nara Leão, Tom Zé, Gal Costa, Rita Lee (que na época formava o grupo Os
Mutantes como irmãos Arnaldo e Sérgio Baptista) e o maestro Rogério Duprat,
esse movimento musica surgiu num momento tenso tanto para a MPB quanto para o
país em geral.
Naquela época em
que a Tropicália ficou conhecida (mais ou menos na metade de 1967) a Música
Popular Brasileira se via ameaçada pelo fenômeno da Jovem Guarda, a quem acusava
de ser alienada por não trocar o iê iê iê pelas músicas de protesto, que eram
letras muito mais pesadas por desafiarem o governo militar instalado no país
contra a vontade do povo.
Com o objetivo
de inovar por meio de referências à Semana de Arte Moderna e até mesmo a Jovem
Guarda e seu estilo de música internacional, o movimento tropicalista foi
massacrado pela dita “verdadeira música popular brasileira”, começando assim
uma rixa que só terminaria mais de um ano depois, quando o Ato Institucional número
5 foi decretado e vários artistas foram presos ou exilados, como Caetano Veloso
e Gilberto Gil. Com a prisão e o exílio da dupla tropicalista, o movimento
praticamente chegou ao fim, mas as composições daquela época continuam na memória
do povo brasileiro até hoje.
E para relembrar
essa época tão importante para a música brasileira, Felipe Cordeiro, Miranda Kassin &
André Fratesch, O Terno e Rockz vão
ao palco do programa apresentado por Camila Pitanga para interpretar grandes
sucessos, como Alegria Alegria, Ando meio desligado, Tropicália, Aquele abraço,
São, São Paulo, Panis et Circensis e Geleia Geral.
O Som Brasil em
homenagem a Tropicália vai ao ar nesta sexta, 30 de novembro, logo após o
Programa do Jô.
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