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Crítica da Semana: Já não se fazem mais prêmios como antigamente ou os concorrentes é que não são bons?



Nas últimas duas semanas, foram ao ar dois dos principais prêmios de televisão do país: o clássico Troféu Imprensa, transmitido pelo SBT, e o Melhores do Ano, da Rede Globo. Como o foco deste blog não é televisão, comentarei somente as premiações da categoria de música.
Primeiramente, quero deixar aqui registrada aqui a minha total perplexidade e revolta com a indicação de Roberto Carlos para melhor cantor de 2011 no Troféu Imprensa. Gente, em que ano essas pessoas que votam nele vivem, em 1970? Tenha dó né. Além de esse cara não ter voz nenhuma, ele canta as mesmas músicas desde que eu me entendo por gente. Só que, claro, como desgraça pouca é bobagem, não bastava ele ser indicado, tinha que ganhar com unanimidade. Sinceramente eu não sei dizer o que é pior, se é a indicação do público ou os jurados rasgando seda e chamando-o de “Rei” na bancada no Troféu Imprensa...
Das três péssimas indicações para essa categoria, apesar de atual música dele que faz sucesso ser ridícula e totalmente desprovida de conteúdo, quem deveria ter vencido era o Michel Teló, pois infelizmente foi quem mais se destacou no ano passado...
Além disso, indicar Calypso e Rebelde como melhor conjunto musical só pode ser brincadeira também, porque se ainda fosse o RBD original, mesmo tendo muita gente que os odiassem, até estaria tudo bem porque eles foram um verdadeiro sucesso entre os adolescentes, mas esse grupo da versão brasileira que a Record está fazendo não conseguiu tanto destaque assim e nem de longe lembra o RBD nos seus áureos tempos.
Acredito que as únicas categorias que realmente tiveram vitórias aceitáveis foram as de melhor dupla sertaneja e melhor cantora, pois Paula Fernandes realmente se destacou muito no ano passado e Victor & Léo até que é uma boa dupla sertaneja. (Aliás, que papelão ficarem criticando o Zezé Di Camargo na hora da votação, afinal ele não estava concorrendo e também ninguém pediu a opinião do jurado sobre ele).
E agora, vamos falar sobre o Melhores do Ano que o Faustão apresenta. Que credibilidade merece ter uma premiação cujos concorrentes são da própria emissora que organiza o evento? Mas, tem gente que assiste e ainda acredita que isso é imparcial... Aliás, o Renato Kramer estava certíssimo quando escreveu em sua crítica na Folha de S. Paulo que o Melhores do Ano deveria se chamar Melhores da Globo.
Dentre os vitoriosos das categorias de música, as surpresas mesmo ficaram por conta de Paula Fernandes, que venceu cantoras com muito tempo de estrada como Ana Carolina e Ivete Sangalo e a vitória de Leo Magalhães como revelação. Na Categoria Banda ou Dupla, Victor & Leo ganharam mais uma vez.
Na categoria música do ano, era óbvio que a vencedora seria “Ai Se Eu Te Pego”, já que não se fala em outra coisa agora que essa música horrorosa chegou ao topo das paradas da Europa. Mas, a outra concorrente, “Balada”, do Gusttavo Lima, também não é nenhuma obra prima da música brasileira e é igualmente irritante, deixando o posto de menos pior para a música chiclete da Paula Fernandes, “Pra Você”.
Agora para a seção coisas bizarras com certeza vai a vitória de Luan Santana como melhor cantor de 2011. Tudo bem que não foi pior do que o Roberto Carlos ganhar o Troféu Imprensa, mas o Luan Santana vencer o Seu Jorge parece aquelas brincadeiras que todo mundo faz no dia 1° de abril. E isso sem contar que todo mundo estava esperando que o Michel Teló vencesse essa categoria...

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