Pular para o conteúdo principal

Crítica da Semana: Reviva a música ou a programação da Globo?



Na última segunda-feira, 21, foi ao ar a primeira edição estendida do programa Reviva especial, comandada por Zeca Camargo. O primeiro programa da série de 5 de episódios disse que abordaria os musicais, mas fez isso muito superficialmente, pois o que eu entendo por musical não se restringe somente a programas exibidos pela Globo.
Apesar de ter falado, ainda que rapidamente, dos Festivais de MPB da Excelsior e da Record, que foram, ao lado do FIC (Festival Internacional da Canção), que teve quase todas as edições exibidas pela Globo os mais famosos Festivais de Música do país, existiram muitos programas musicais importantes e que nem sequer foram citados no programa.
Entre os ausentes que mais me chamaram a atenção foram Frente Única da MPB, que rendeu a passeata contra as guitarras elétricas já no dia da época, O Fino da Bossa (que merecia ter sido bem mais falado no programa por ter sido o precursor desses musicais), o Divino, Maravilhoso!, por ter sido o principal canal de comunicação televisivo entre os tropicalistas e o público durante algum tempo e o Qual é a música?, que foi um dos programas musicais mais famosos entre a segunda metade da década de 1970 e o início da década de 1990.
Contudo, isso não foi o que mais me impressionou no programa. Mesmo tendo exibido um bom acervo de pérolas da nossa música desde os áureos tempos do início da TV Tupi, em 1950 e falado de programas importantes como Elis Especial, Chico e Caetano, Antônio Brasileiro e das trilhas de novela, a impressão que passou é que a edição do programa favoreceu bastante o especial em homenagem a Tom Jobim, o programa de Chico Buarque e Caetano Veloso e também o Globo de Ouro por já terem sido reprisados pelo Viva ou estarem indo ao ar no canal agora, como é o caso do Globo de Ouro.
Além disso, é um absurdo um programa como esse dedicar tanto tempo falando dos especiais do Roberto Carlos (Sim, eles fazem parte da história da TV e são importantes para a música brasileira, mas não precisava passar quase um bloco falando deles) e não ter a decência de falar pelo menos 20 segundos sobre o Série Grandes Nomes, que também foi um marco na história da música brasileira por ter homenageado grandes artistas, o Som Brasil e o Mulher 80, porque só interessa falar do especial super jurássico de fim de ano!
Entretanto, mesmo assim o Reviva teve pontos positivos, como falar dos clipes do Fantástico, o especial Toquinho/Vinícius, o Rock in Rio, abordagem da música de protesto, a jovem guarda, a homenagem a Hebe Camargo, o Rock Nacional, que no programa foi classificado, de uma forma bem colocada por sinal, como Música Jovem Brasileira, já que MPB e Jovem Guarda não eram voltadas para esse tipo de público especificamente.    

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Música no Cinema: Torn

Composta por Phil Thornalley,   Scott Cutler   e   Anne Preven , a música foi lançada em 1995 pela banda Ednaswap, mas só se tornou um sucesso quando foi regravada por Natalie Imbruglia, que a incluiu em seu primeiro álbum   Left of the Middle,  lançado em 1997.     Em 1999, Torn, que já nesta época era mundialmente conhecida, fez parte da trilha sonora do filme dramático Uma Carta de Amor , baseado no livro As palavras que nunca te direi, de Nicholas Sparks.

Revivendo a Trilha: Every Breath You Take

Lançada em 1983 no álbum  Synchronicity , da banda The Police a música de Sting e Mike Oldfield começou a fazer sucesso   no Brasil no mesmo ano, quando fez parte da trilha sonora da novela Voltei pra você , sendo interpretada pela banda . Aliás, Every Breath You Take  já esteve presente em outras trilhas sonoras de novelas brasileiras, como a novela Desejos de Mulher e o seriado Malhação .

30 músicas de Elis Regina que entraram para a história

Madalena Apesar de não ser uma das gravações mais “recentes” de Elis Regina, Madalena é uma das músicas mais famosas em sua voz que o público lembra com carinho até hoje por ter sido um marco não só em sua carreira como também na de seus compositores. A música, que ficou marcada como o primeiro sucesso de Ivan Lins, foi composta por ele em parceria com Ronaldo Monteiro de Souza, sendo gravada por Elis pela primeira vez em 1970, em um compacto duplo que fez de Madalena um sucesso nacional. Aliás, compacto do qual também fazia parte a música Vou Deitar e Rolar, que eu postei há dois dias aqui no blog (Para ver o post da música, clique aqui: http://vitrinempb.blogspot.com/2012/01/30-musicas-de-elis-regina-que-entraram_12.html ). No ano seguinte, a já consagrada música fez parte do LP Ela junto com outra composição da dupla Ivan e Ronaldo, chamada “Ih! meu deus do céu”. Os três álbuns de Elis Regina dos quais Madalena fez parte na década de 1970. Quatro anos depois, Madale...