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Crítica da Semana: Tom Jobim: um ilustre brasileiro falando de amor



No dia em que completou 2 anos de existência, o canal viva deu um grande presente a seus telespectadores ao exibir o especial Antônio Brasileiro, que homenageou um dos melhores compositores do Século XX: Tom Jobim.
Exibido originalmente em 29 de maio de 1987, o programa foi feito para comemorar os 60 anos desse grande maestro, cantor, compositor e pianista que descreveu o amor e o Rio de Janeiro de uma maneira tão doce que transformou suas canções em verdadeiras preciosidades da música mundial.
Com imagens do Central Park e do Museu de Nova York ao fundo, o especial consiste de entrevistas do próprio Tom Jobim, vários números musicais com a participação de convidados ilustres e, é claro, de canções mundialmente conhecidas, como a eterna Garota de Ipanema (em dueto com o também eterno Frank Sinatra).   
Além dessa música, outros sucessos desse grande brasileiro estiveram presentes, como Luiza (com cenas de Vera Fischer enquanto a música rola), Dindi, com Gal Costa, a famosa Insensatez, com Joyce, Choro Bandido (, com Chico Buarque e Edu Lobo, Samba do Avião e Bebel, ambas com Tom Jobim e a Banda Nova.
Entretanto, de todo o repertório (quase perfeito por sinal), três chamaram bastante a minha atenção: a maravilhosa Anos Dourados, composta e interpretada em parceria com Chico Buarque e que, aliás, tem uma das melhores melodias que eu já ouvi (e sim, essa é a minha preferida dessas duas lendas da MPB) e Eu sei que vou te amar, que ficou muito bonita naquele sotaque baiano do Caetano Veloso. Além dessas duas, uma que eu não conhecia, mas que adorei foi Lígia, que ficou perfeita no dueto entre Tom Jobim e Marina Lima.
Mas, como eu disse antes, o repertório foi quase perfeito. O motivo para o setlist não ser digno de uma nota 1.000 é que faltaram músicas que foram essenciais na carreira do maestro, como Águas de Março (seria importante tê-la no especial mesmo sem a presença da Elis Regina, mas isso se resolveria da mesma forma que fizeram com o Sinatra, colocando um vídeo antigo), Corcovado, que é uma música linda mas que as pessoas não dão o valor que merece e Wave (que é dona de uma melodia quase do mesmo naipe de Anos Dourados).

Edu Lobo, Tom Jobim e Chico Buarque (Foto: TV Globo)
Tom Jobim, com Chico Buarque e Edu Lobo durante a interpretação de Choro Bandido, uma das duas músicas interpretadas no especial que não foram compostas por Tom Jobim.

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