O Bêbado e a Equilibrista
Essa música, eternizada na história
da Música Popular Brasileira como o hino da anistia, foi composta por João
Bosco e Aldir Blanc e lançada em 1979 pelo primeiro no mesmo ano, no LP Linha
de Passe.
A música, que era uma homenagem a
Charles Chaplin, que havia morrido em Dezembro de 1977, pedia também pela volta
do sociólogo Betinho, irmão do cartunista Henfil que exilado desde 1971 por ser
um ativista político.
Aliás, uma curiosidade: O Bêbado
e a Equilibrista se tornou um ícone da MPB pela voz da mesma Elis Regina que
Henfil enterrou em sua coluna “Cemitério dos Mortos Vivos” por ela ter cantado
o hino nacional na abertura das Olimpíadas do Exército de 1972, o que lhe
rendeu uma dura crítica do cartunista no jornal O Pasquim. O que ele não sabia é
que Elis tinha sido ameaçada para fazer isso: Ou cantava nas Olimpíadas ou seu
filho, João Marcelo, de 2 anos, iria sumir.
Anos depois, Elis e Henfil se
tornaram amigos, e a interpretação dela pedindo a volta de Betinho em O Bêbado
e a Equilibrista também pode encarada como uma forma de se redimir com o
cartunista.
Betinho voltou ao Brasil ainda em
1979 e, quando desembarcou no Aeroporto de Congonhas, se declarou com mais ou
menos duzentas pessoas cantando O Bêbado e a Equilibrista, que ele mesmo havia
dito ao irmão quando ouviu pela primeira vez, pelo telefone, no México, que esse
seria o hino da revolução deles. E ele estava certo, pois essa música realmente
é lembrada até hoje como o hino da anistia.
O vídeo abaixo mostra Elis interpretando O Bêbado e a Equilibrista no Fantástico.
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