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30 músicas de Elis Regina que entraram para a história

Como Nossos Pais
Eu aprendi muita coisa nesses 30 dias em que passei falando sobre músicas que são tão importantes para Música Popular Brasileira. Algumas eu não fazia ideia de como foram criadas, como, por exemplo, é o caso de Arrastão, Atrás da Porta, Águas de Março e Carinhoso, enquanto outras, como These Are The Songs, Doce de Pimenta, Alô Alô Marciano, Aquele Abraço e outras eu já conhecia a história há algum tempo.
Além de compreender melhor essas músicas, eu também tive a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre os compositores e me aprofundar mais nas circunstâncias em que Elis se encontrava tanto na carreira quanto na vida pessoal quando as gravou.
Eu guardei essa música para ser a última postagem da série 30 músicas de Elis Regina que entraram para a história por ser sem dúvida a mais famosa de seu principal show, o Falso Brilhante, e que a maioria das pessoas sabe a letra praticamente inteira.
Como tanto a expectativa do primeiro quanto a do último post de uma série é de que ele deve ser marcante, nada melhor do que deixar o principal sucesso para encerrar com chave de ouro e também aumentar a curiosidade dos leitores para saber se eu realmente deixaria um clássico desses de fora da lista. E agora, vamos falar sobre a música.  
Lançada por seu compositor, Belchior, em seu LP Alucinação, de 1976, ela foi regravada no mesmo ano por Elis Regina para o LP com o repertório do show Falso Brilhante, que estreara no ano anterior e do qual a música obviamente já fazia parte.
O espetáculo Falso Brilhante, que contava a vida, a carreira de Elis, e, é claro, criticava a Ditadura Militar, estreou no Teatro Bandeirantes, em São Paulo, em 17 de Dezembro de 1975, permanecendo em cartaz até 18 de Fevereiro de 1977, completando 14 meses de apresentação e mais de 250 apresentações.
Como Nossos Pais, que se tornou não só o destaque do show como também da carreira de Elis em si, era uma dura crítica a Ditadura e também as pessoas, pois dá a entender que as pessoas não abrem a mente para coisas novas, cultuando assim as mesmas pessoas há tempos sem ver e dar a devida importância ao novo e também que elas precisaram mudar seu jeito de viver por conta da vitória militar e da censura.
Essa música, que se mantém por décadas na lembrança das pessoas e chega ao conhecimento daqueles que, como eu, não conheceram Elis enquanto ela estava viva, talvez tenha conseguido essa façanha pela voz da cantora, mas, pelo menos para mim, o motivo não é só esse: Como Nossos Pais faz com que a gente entenda um pouco mais o que era a falta de liberdade e o Brasil daquela época.  
Como eu já disse uma vez aqui no blog, no post Um Dia, foi com essa música que eu comecei a conhecer Elis Regina de verdade, e esse também foi um dos motivos que me fez encerrar essa série com ela. (Para ver o post Um Dia, clique aqui: http://vitrinempb.blogspot.com/2012/01/um-dia.html).
Além de fazer parte do show, Como Nossos Pais fez parte de um compacto simples e do LP Falso Brilhante, ambos gravados em 1976.

E agora, para encerrar a lista, segue abaixo o antológico clipe de Como Nossos Pais que Elis regina gravou para o Fantástico. Espero que vocês tenham gostado das 30 músicas de Elis Regina que entraram para a história!

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