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Chico Buarque e Gilberto Gil numa época em que as várias vertentes da arte
serviam como arma para protestar contra a Ditadura Militar que instalara no país
em Março de 1964, Cálice é conhecida como um dos clássicos daquela época por conter
mensagens subliminares condenando a censura e desabafando sobre o medo que
tanto atormentava a população.
Um fato que vale a pena ser contado é que a perseguição às músicas de protesto era tão grande que o som dos microfones de Chico Buarque e Gilberto Gil foi simplesmente cortado quando eles tentaram cantar essa música durante o Phono 73, que foi um festival realizado pela gravadora Phonogram no Anhembi, em maio de 1973.
No início do
ano passado, a música ganhou uma nova versão, gravada pela cantora Pitty, que faz
parte da trilha sonora da novela Amor e Revolução, que aborda o período mais duro
da Ditadura, que vai do Golpe de 1964 até a Revolta do Araguaia, em 1972, no
qual as pessoas não podiam falar abertamente porque viviam amedrontadas pelas prisões
e sumiços sem explicação dos considerados “subversivos”.
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