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Elis & Tom

Águas de Março
No dia em que Tom Jobim faria 85 anos, eu não poderia escolher outra música que não fosse Águas de Março para falar, até porque, com o perdão do trocadilho, ela foi um divisor de águas na carreira de Elis.
Curiosamente, essa música foi composta numa época em que Tom Jobim estava depressivo, por conta da perseguição política que sofreu após se retirar, juntamente com os principais compositores da época, do sexto Festival Internacional da Canção, o FIC, organizado pela Rede Globo, que desde aquela época tinha relações muito boas com a Ditadura Militar. Além disso, ele também achava que mais ninguém ouvia seus discos.
O esboço do que se tornaria a grande Águas de Março começou a ser feito no sítio de Tom, que ficava na Região Serrana do Rio de Janeiro. A letra definitiva terminou de feita quando ele voltou ao Rio, em apenas uma tarde.
A música, que teve várias versões tanto no Brasil quanto no exterior, foi eleita como a melhor canção brasileira de todos os tempos, em pesquisa conduzida pela Folha de S. Paulo em 2001 e ficou com o segundo lugar na pesquisa realizada pela edição brasileira da revista Rolling Stone em 2009, cujo primeiro lugar foi dado à música Construção, de Chico Buarque.
Elis Regina gravou Águas de Março inicialmente em seu compacto simples de 1972, e a música também fez parte do repertório do LP Elis, também de 72. Dois anos mais tarde, ela e Tom Jobim gravaram em Los Angeles o antológico LP Elis & Tom, em comemoração aos 10 anos de Elis Regina na gravadora Philips, no qual Águas de Março não poderia deixar de ser a primeira faixa.      

O clássico Águas de Março, que ficou marcado pela interpretação desses dois gigantes da MPB, esteve em cinco LPs e um compacto de Elis Regina durante a década de 1970.

O vídeo abaixo mostra a antológica interpretação de Águas de Março por Elis Regina e Tom Jobim no Fantástico, em 20 de Outubro de 1974.

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