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Crítica do Carnaval – Parte 1

Parece que a célebre frase do poetinha (Vinícius de Moraes), na qual afirma que “São Paulo é o túmulo do samba” perde força a cada ano que passa, pois a terra da garoa tem mostrado que também tem samba no pé.
Das 14 escolas que desfilaram entre sexta e sábado, 3 em especial chamaram muito a minha atenção: Vai - Vai, Dragões da Real e Águia de Ouro.
A minha simpatia pela Vai – Vai, que hoje é a minha segunda escola em São Paulo, começou no ano passado, quando ela trouxe a vida do maestro João Carlos Martins para o sambódromo do Anhembi sob a alcunha de “A música venceu”. Além do belíssimo enredo, a rainha do Bixiga ainda trouxe uma das minhas cantoras preferidas no posto de madrinha da bateria: Maria Rita
Aliás, eu achei muito feio o que ela fez esse ano: ignorou a escola, não apareceu em um ensaio e nem no desfile porque preferiu o bloco Cordão da Bola Preta. Enfim, foi uma falta de respeito muito grande para quem disse ano passado que limparia até o chão da escola.
A segunda escola que se destacou a meu ver por ter levado para a avenida o movimento que eu tanto admiro foi a Águia de Ouro. A escola foi muito feliz na escolha de retratar um acontecimento tão importante para a MPB quanto a Tropicália, só que eu acho que infelizmente não vai levar o título.
Mesmo depois de quase 45 anos da explosão de cores e idéias novas que foi o Tropicalismo, esse movimento ainda parece tão incompreendido e a frente de nosso tempo quanto era lá no III Festival de Música Popular Brasileira da Record. Ou pode ser que o problema seja o público, que continua tão preconceituoso quanto naquele tempo, porque só isso é capaz de justificar aquela média 7,8 super injusta que os telespectadores da Rede Globo deram durante a transmissão do desfile.
E agora, aquela que eu acho que merecia ser a campeã do Carnaval de São Paulo: Dragões da Real. Apesar de a escola ser muito nova e estar estreando no Grupo Especial, o enredo foi simplesmente perfeito. Nas palavras do próprio carnavalesco da escola, é difícil não gostar desse enredo.
Para quem não assistiu, a escola fez um desfile super comovente sobre as mães, o que além de ser uma merecida homenagem, é um tema com grande potencial para se consagrar campeão.
Além dessas três que eu citei, outras duas escolas também foram muito elogiadas: a Rosas de Ouro, que homenageou o empresário e apresentador Roberto Justus e a escola de SP que eu mais gosto: a Gaviões da Fiel, que trouxe a vida do ex – presidente Lula para a avenida.  

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