Desde muito jovem, a carioca
Maysa Figueira Monjardim sempre teve atitudes muito diferentes das meninas de
sua época. Nascida em 6 de Junho de 1936 com um temperamento muito forte, ela casou-se ainda
adolescente com um amigo de seus pais, André Matarazzo, empresário 17 anos mais
velho do que ela.
Dessa união, que chegou ao fim em
1957, depois que ele se mostrou terminantemente contra sua carreira de cantora,
nasceu em 1956 o único filho de ambos: o diretor de novelas e cinema Jayme
Monjardim Matarazzo.
Mas, quem pensa que a vida de
Maysa foi um mar de rosas por ter se casado com um homem milionário e ainda ter
tido um filho dele está enganado, pois a vida dela foi um verdadeiro inferno: Se
quando ainda era casada vivia sendo criticada pela família do marido, depois do
desquite ainda continuou alvo de implicância da imponente família Matarazzo por
acharem que ela continuava envergonhando o nome da família.
E para complicar um pouco mais a
vida dessa grande estrela da música brasileira, ela ainda enfrentou problemas
muito sérios com bebida, chegando a dar escândalos em público e tentando suicídio
mais de uma vez por se sentir pressionada por todos a sua volta e humilhada
pela imprensa.
Entretanto, mesmo tendo que
enfrentar tantos problemas em sua vida e ainda lidar com a mágoa enorme que o
filho sentia pelo fato de ela por a carreira acima até mesmo dele, a verdade é
que nada disso apaga o brilho que Maysa sempre terá, mas justifica
perfeitamente o estilo de música que a consagrou: o samba canção, vulgo música
de fossa.
Apesar de ter consagrado cantando
músicas tristes, Maysa era muito mais versátil do que as pessoas pensam. Prova
disso é que ela foi uma das cantoras já famosas que ajudou a Bossa Nova a se
tornar a revolução musical que foi, pois gravou várias músicas dos compositores
do gênero e até mesmo um LP dedicado a elas, quando estava se relacionando com
Ronaldo Bôscoli.
Entre os maiores sucessos de
Maysa estão que retratavam seu estado de espírito no momento: Ouça (1957), Hino
ao Amor (1959), Demais (1964), Meu Mundo Caiu (1958), Ne Me Quitte Pas (1962), O
Barquinho (1961), Se todos fossem iguais a você (1957), Alguém me disse (1960)
e A noite do meu bem (1961).
Como sabemos, essa brilhante carreira
foi brutalmente interrompida em 22 de Janeiro de 1977, quando uma das mais
bonitas vozes do Brasil calou-se para sempre aos 40 anos, depois que o carro
que ela dirigia bateu na Ponte Rio – Niterói.
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